Acredito que até agora, tenho transmitido a ideia de um Brasil essencialmente pitoresco e turístico. Muitos de vocês devem-me imaginar com uma vida edílica, percorrendo praias ensolaradas, a repousar na sombra de um coqueiro, rodeado de belas mulheres e com um quotidiano tranquilo.
No entanto, a realidade é um pouco diferente e verifico que a minha adaptação aos trópicos ainda não foi totalmente bem sucedida a caminho de três anos.
A minha visão do Brasil era algo mitificada pelos meus conhecimentos de História, pela literatura e pelas minhas viagens turísticas. Desde logo, verifiquei que o meu estabelecimento por aqui seria árduo e necessitaria de esforços redobrados. O primeiro grande obstáculo, foi a obtenção do visto de residência por intermédio de investimento, que se arrastou por quase um ano, num verdadeiro embate com a complexa burocracia brasileira que não cede um milímetro. O segundo grande choque foi a nível cultural, educacional e de mentalidades. Eu costumo dizer que a única semelhança existente entre o Nordeste brasileiro e Portugal, é o uso de uma língua comum, embora com diferenças substanciais. Natal, foi até meados dos anos 90, uma pacata cidade do litoral nordestino que foi descoberta pela indústria do turismo. As mudanças nos hábitos locais foram algo bruscas e foi com alguma apreensão que verifiquei que uma grande parte da população não soube adaptar-se à nova realidade. Muitos deles revelam-se bastante adversos à introdução de novos elementos culturais e, por vezes, chegam a ser hostis em relação aos estrangeiros residentes. A própria palavra estrangeiro é pronunciada, algumas vezes, num tom claramente depreciativo.
Acredito que seja um sentimento de inferioridade cultural e económica que os faz agir deste modo absurdo.
A cidade cresceu bastante nestes últimos anos e consequentemente surgiram alguns males sociais, muitas vezes associados ao grande fluxo de turistas estrangeiros na região, sobretudo no que diz respeito ao tráfico de drogas, prostituição e aumento do custo de vida. Mesmo aqueles que trabalham directamente no sector turístico evidenciam algum preconceito e uma hospitalidade postiça. Normalmente, o estrangeiro é bem recebido enquanto turista que vem gastar divisas por aqui, mas quando tenta estabelecer a sua vida na região, o cenário muda um pouco de figura, esquecendo-se que muitas das vezes são esses próprios estrangeiros que através dos seus investimentos possibilitam a criação de empregos a nível local. Muitas coisas têm que ser obtidas por troca de favores ou dinheiro, onde a dualidade de critérios é evidente. Aliás, considero extremamente irritante o hábito local de "tirar vantagem", quando qualquer pessoa com quem se lida quer sempre lucrar alguma coisa no mínimo serviço que presta.
O mito da hospitalidade e alegria espontânea do brasileiro, deixa um pouco a desejar nesta região. Os nordestinos são bastante calados, desconfiados e sisudos e notoriamente racistas em relação a negros. Habitualmente, apenas se aproximam de estranhos por conveniência e a própria cidade funciona num estranho processo de conhecimentos pessoais, familiares e troca de favores, onde a corrupção é mais que evidente. Devo confessar, que neste período de tempo, fiz um círculo de amigos muito restrito porque o choque de mentalidades é bastante profundo. Grande parte dos nordestinos são profundamente ignorantes nem se esforçam por conhecer novas realidades, não possuem hábitos culturais, o machismo impera e bebem em demasia, tendo uma noção de lazer e divertimento algo bizarra, sob a minha perspectiva. Mais estranho ainda é que os hábitos mais pacatos e os bons modos europeus são facilmente cofundidos com arrogância e snobismo.
Outro facto que me deixou algo desgostoso, foi verificar que a propagada amizade luso-brasileira tem pouco entusiastas por aqui. Ao contrário de outras regiões do Brasil, que convivem com comunidades imigrantes há muitos anos, o Nordeste teve mais contacto directo com europeus muito recentemente. Noto que existe uma certa inveja do poder aquisitivo que possuímos, das mulheres que se aproximam com mais facilidade e por vezes ainda escuto piadas sobre os supostos abusos cometidos no período colonial português.
O nordestino é pouco solidário com os menos favorecidos e as classes mais abastadas desprezam profundamente a pobreza, revelando um egoísmo extremo. Ainda fico chocado com om tratamento que dão aos empregados domésticos e revelam-se completamente obcecados pelos bens materiais. Existe um verdadeiro culto da ostentação e torna-se extremamente monótono estabelecer um diálogo com essas pessoas. São capazes de ficar horas a fio a falar sobre a casa que compraram, do carro que tencionam comprar ou sobre a herança que receberam, tudo isto com cifões fornecidos ao pormenor. Creio que esta atitude é fruto de uma certa ignorância, de pessoas vazias que desconhecem que este tipo de diálogo é deselegante e enfadonho. E eu que pensava que os portugueses eram o supra-sumo do novo riquismo!
A sociedade local demonstra ser conservadora e fechada em relação às coisas mais insignificantes. Será difícil encontrar apreciadores de música estrangeira, cinéfilos, são incapazes de experimentar uma gastronomia diferente e ainda olham de viés para pessoas que apresentem um visual menos convencional.
Não quero que fiquem com a ideia de um discurso racista e xenófobo. Acho que seria altura de conhecerem o reverso da medalha de um europeu que escolhe viver no Nordeste brasileiro. È óbvio, que também conheci pessoas maravilhosas e educadas, mas é pena que sejam uma pequena minoria. As coisas boas vocês já sabem: um clima estupendo, lindas paisagens, um custo de vida acessível e a possibilidade de serem empreendedores com mais facilidade.
Contudo, costuma-se dizer que as vitórias são mais saborosas em terreno hostil. È isso que tenho tentado fazer, mostrando os meus princípios, educação e valor profissional. E acreditem que nunca imaginei que um português se pudesse sentir "tão estrangeiro" por terras de Vera Cruz. Tenho a sensação que vou desiludir bastante aqueles que ainda têm a ideia de um paraíso tropical deste lado do Atlântico e terei que aceitar comentários adversos dos leitores brasileiros. Acredito que sempre fiz um esforço para me adaptar a uma nova realidade, mas não me podem pedir para abdicar de ser eu próprio...
"Mas hoje, nesta primeira noite, não te quero falar disso. Queria apenas dar-te conta da primeira impressão que sente um inocente português que sai directamente do Chiado para uma aldeia metida dentro da selva e deixada à deriva no meio do Atlântico, à latitude do Equador: sente-se esmagado pela chuva, derretido pelo calor e pela humidade, comido vivo pélos mosquitos, espantado pelo medo.
E sinto, João, uma imensa e desmedida solidão."in Equador, Miguel Sousa Tavares (Pag.147)
segunda-feira, 5 de março de 2007
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42 comentários:
Engraçado como a sua visão dos "nordestinos" é a mesma que eu tive dos portugas quando eu passei os piores anos da minha vida em Portugal, basta mudar no seu texto as partes onde se lê "nordestinos" por "portugueses". Você que se considera tão superior cuturalmente e materialmente ao povo do nordeste o que faz aqui? A porta da rua é serventia da casa e vai tarde.
Qualquer estangeiro, em qualquer país... é sempre estrangeiro, alguém de fora que para quem lá está vem ocupar um espaço que é deles.
Acho que são sensações que devem ser comuns a muitos emigrantes... em muitose diferentes países.
Eu vivi essa sensação na pele quando vivia na Corunha, cidade insuportável, cheia de gente preconceituosa e mal educada. No entanto, eu sei que só foi assim porque eu era estrangeira.
Beijinhos e melhores dias por ai
Sinceramente, não me espanta essa visão. Não que conheça pesoalmente o nordeste, mas já me foi transmitida precisamente essa opinião por próprios brasileiros. Abç.
O Nordeste tem suas peculiaridades e a adaptação é difícil mesmo para os brasileiros de outras regiões. No entanto, temos que considerar o que a Freemind expressou com muita sensibilidade: todos sofrem preconceitos em terras estrangeiras, em maior ou menor grau.
Sinto muito pelo que você está passando e, como brasileira, ainda tenha a esperança que esse quadro seja revertido.
Abraços,
Não tive tempo para ler Capitão com toda a atenção que me merece esse teu texto ( logo em casa leio com + atenção ). Mas pelas notas e chamamentos que fazes do mesmo acredito nele piamente.
Basta reparar no primeiro comentário que atraiste para sentir um pouco essa hospitalidade desse lado ;)
Força amigo. Por aqui, exigem que o governo, a nação e as gentes acolham de braços abertos todos os que chegam do país irmão. Até acordos são assinados entre os dois mais altos representantes das nações !
Que venham é para trabalhar e com contrato de trabalho. Não para fazer o que muitos já por cá andam a fazer !
Abraço
LoiS
Tú com toda a certeza amigo, ganhas a tua vida e crias riqueza nesse país !
"E sinto, João, uma imensa e desmedida solidão"
E o João nem entendeu essa frase, nem fez nada de nada para alterar o destino.
No fundo, é sempre assim, uns partem e os que ficam esquecem. Mas acredita em mim, mais vale um ou dois bons amigos que mãos cheias deles que quando precisas te viram as costas.
Por maior espírito de abertura e aventura que tenhamos a mudança é sempre difícil, leva tempo mas disso sabes muito melhor do que eu...
Embora não tenha mudado de País, em alguns aspectos encontro semelhanças na minha vivência por cá...
Já me tinha perguntado se tudo seria belo por terras nordestinas...
A mudança nunca é fácil, mesmo entre "os nossos" as coisas nem sempre correm como esperamos, quanto mais num país que não é o nosso, longe do que nos faz sentir em casa!
De qualquer forma deves ter uma vidinha boa! :)
morar fora da nossa cidade e do nosso país nunca +e confortável, por mt hospitaleiros que os povos possam ser. Morei em sevilha, amei aqui e amo aquilo, mas todos os dias pensava "qd é que vou para casa?". acho q é mmo assim... faz parte! quanto ao comentario do mauro, ha necessidade de ser tao agressivo???????? (haja pachorra...)
Acredito que este Mauro seja nordestino, não? É bastante dificil aceitar nossas mazelas culturais, que temos todos... Meu pai é português e se mudou para Petrolina, em Pernambuco. Adora, mas eu tenho também minhas fortes restrições.
A esse fenômeno cultural que vc descreveu chamamos coronelismo, um forte e grave resquício dos tempos de colônia.
Sim, o NE brasileiro ainda é muito atrasado culturalmente, é comum ver um homem assassinar outro em nome da honra, pois foi chamado de "corno" na rua!
Infelizmente o que dizes tem grande verdade, e é esse tipo de diferença que faz o brasileiro do sul e sudeste se sentir superior aos do NE, o que também é muito ruim, pois em nada ajuda a melhorar a situação.
Mas força, Capitão, enquanto sua balança pender para os traços positivos, segura a onda... Você conhece aquela piada: "Deus, enquanto fazia o NE, chamou a atenção dos anjos.
-Que lindo lugar senhor, será o paraíso na Terra!!!
Ao que ele respondeu.
-Calma, o lugar é lindo, mas você vai ver o povo que eu vou colocar lá..."
Ufa, escrevi demais...
beijo
Aquilo que experimentaste é uma coisa humana, mais visível nuns locais menos noutros, desde sempre o "Outro" leia-se estrangeiro, que pode ser do mesmo país mas não da mesma região inspira receios, suspeitas e desconfiança, nós somos assim. Claro que existem sempre uns mais parvos que outros, como demonstra o primeiro comentário. Mas no fim de contas é mais o que partilhamos do que o que nos separa ainda que nem sempre o vejamos. Gostei do teu post. Boa semana.
Essa visão não me espanta.Sinto muito, mas pode contar comigo para o que der e vinher!
Não esqueça, que a porta da minha casa estará sempre aberta para você!
Beijos e muita força :)
Capitão-mor
Antes de mais, parabéns pela clareza, objectividade e sensibilidade deste texto. É por ter vindo a acompanhar o teu blogue, nos últimos tempos, que sei que tens feito um esforço para te integrares e foste para o Brasil de coração aberto.
Claro que mudar é sempre extremamente difícil. Fi-lo, como sabes, para um país que sendo mais próximo de Portugal, e na Europa, tem uma língua, ritmo, moeda e cultural muito diferente. Foi a decisão mais difícil da minha vida, mas também foi a melhor.
Também sinto imensas barreiras, e foi aqui em Inglaterra que me senti discriminada, pela primeira vez na vida,por ser branca. Nada que não se supere. Ainda assim, admiro a abertura dos ingleses para receber os estrangeiros e para ver neles motores do desenvolvimento, pois esta cidade sem estrangeiros não seria nada.
Acho que ter a coragem de colocar o dedo na ferida não deveria despertar reacções como a desse Mauro Bernardes Galvão (recomendo-lhe que beba uma água, pode ser que lhe passe a má disposição), até porque nem todos os nordestinos devem ser racistas e incultos, como o senhor Mauro Bernardes, e tenho amigos brasileiros que são pessoas extraordinárias, que perceberam que não podemos nem devemos pagar facturas históricas, e viver no passado.
Força aí, e se quiseres tentar Londres apita aí que estou aqui para ajudar, embora não haja no mundo melhor país que o nosso :), com todos os defeitos que tem.
Beijos
Só agora percebo porque estás em apuros nos trópicos... - foi só uma gracinha.
Julgo que todo o estrangeiro se sente assim. Maior ou menor capacidade de adaptação é uma questão de feitio, de empatia e, se calhar, também de sorte. Não me parece, no entanto, que um estrangeiro deixe de ser e sentir-se estrangeiro.
Mauro:
Antes de mais agradeço-lhe imenso o seu comentário. Foi a ilustração perfeita do que eu escrevi no meu texto.
Tenho imenso orgulho de pertencer a um país que sempre se pautou pelo multiculturalismo e de ter vivido, a maior parte da minha vida numa cidade europeia claramente cosmopolita - Lisboa. No entanto, creio que comparar Portugal com o NE brasileira é perfeitamente ridículo. Não sei quais foram os seus reais problemas por lá. Mas também devo acrescentar, que os brasileiros sempre foram recebidos de braços abertos no meu país. Basta dar uma vista de olhos no sistema de trocas culturais entre os dois países. Veja o número de shows de bandas brasileiras em Portugal, as telenovelas que ainda são exibidas e existem sempre peças teatrais levadas a cabo por artistas brasileiros. Bom, mas como estou a falar em arte e cultura, talvez estes assuntos não lhe digam grande coisa, mas serve para demonstrar que não somos hostis a culturas exteriores. No entanto, verifiquei que a partir de mais ou menos 1998, iniciou-se uma certa hostilidade em relação aos imigrantes do país-irmão (eu ainda quero acreditar que é) devido a comportamentos menos próprios de alguns deles. E mais do que eu, você deverá saber do que eu estou a falar, não é verdade?
Saudações ultramarinas!
Não há nada como Portugal.
Nossa, cada dia que passa esses portugas me dão mais nojo. Eles odeiam tanto o Brasil e nosso povo mas não param de falar de nós ou vir para nosso país explorar nossas mulheres e crianças. Esses vermes malditos deviam ser exterminados pra sempre da face da Terra.
"Nossa, cada dia que passa esses portugas me dão mais nojo. Eles odeiam tanto o Brasil e nosso povo mas não param de falar de nós ou vir para nosso país explorar nossas mulheres e crianças. Esses vermes malditos deviam ser exterminados pra sempre da face da Terra."
Rodrigo, tenho uma amiga que depois de ter sido envenenada por um grupo de brasileiros, pensa exactamente o mesmo. Em que é que ficamos? Tolerância? ou Ignorância pura e dura?
Capitão obrigada pelas palavras de carinho deixadas no blog. Uma boa semana para vc.
Rodrigo:
Você só pode ser muito ignorante. Explorar crianças e mulheres? O que dizer então de milhares de compatriotas suas que vivem do seu corpo no meu país? Somos nós que as obrigamos a ir para lá!?
A princípio não queria tocar neste assunto, mas é que muitos de vocês merecem ouvir. Quanto ao turismo sexual (creio que é disso que se refere) é um resultado da vossa própria incompetência para gerir os vossos destinos turísticos. E porque será que uma larga faixa da população feminina passa a maior parte atrás do tais "gringos" nojentos como vocês gostam de dizer?
Eu aconselhava o meu caro amigo a passar uma pomadinha nesses cotovelos. Parecem que estão meio doridos!
Maríita:
Tenho pleno conhecimento das situações que referes. Lamento profundamente que nos últimos anos, o nosso país tenha sido invadido por centenas de brasileiros que não honram o nome do seu país. Gozam com os cidadãos que os acolhem no seu país, têm comportamentos desordeiros e gostam de se passar por vítimas.
Gostaria de realçar que este texto não serviu para ridicularizar o povo nordestino. Foram as minhas impressões de quase três anos de residência por aqui e acredito que o NE ainda tem um largo caminho para ser considerada uma região desenvolvida.
Como tu sabes, tive já o prazer de conhecer o nordeste brasileiro, visitei, não achei nada demais, nem em beleza, voltei e nao irei mais a tal país.
Gostei da simpatia superfula dos brasileiros, tentando agradar turista.
Mas, jamais escolheria tal país para viver.
Por todas essas razões que tão bem focaste.
Este teu post, sem dúvida que é um dos melhores deste teu blog.
Desejo-te mta sorte :)**
acho uma pena que sejamos incapazes de discutir nossos problemas de maneira civilizada... Assim começa uma feia guerra, uma triste discussão e se termina uma amizade.
Brasileiros se sentiram ofendidos por um texto, mas não se ofendem com a alta taxa de corrupção do NE... No congresso, os maiores salafrários vêm aí de cima...
Portuguêses logo tomaram as dores e iniciaram um toma lá dá cá que não acaba bem.
Críticas, meus caros, são feitas para reflexão, não para porrada.
Tatiana
Brasileira
É curioso o que dizes. Aliás, é isso que mais me assusta na minha ida para o Brasil.
Eu vou para São Paulo, daqui a um mês e meio. Converso muito com o Léo sobre isso. Se vou ser vítima de preconceito lá. Ele garante-me que não. Eu acho que não vou escapar disso não. Mas alegra-me saber que tenho lá umas boas dezenas de pessoas "show dji bola" há minha espera e que vão fazer de tudo para que me sinta bem lá.
Preconceito contra estrangeiros há em todo o lado, infelizmente.
Gostei do texto.
Tati:
Realmente é lamentável que um post tenha desencadeado uma autêntica batalha campal luso-brasileira. Posso até admitir que tenha me tenha excedido um pouco no último comentário, mas como vocês costumam dizer, eu não gosto de levar desaforo para casa!
Ui... a confusão que anda por aqui...Um estrangeiro, infelizmente, é sempre mal visto por uma parte da população! Somos um país tradicionalmente emigrantemas, infelizmente, muitas vezes não sabemos receber os que nos procuram para tentar melhorar as suas condições de vida, por isso, eu até consigo compreender o comentário do Mauro! Já o do Rodrigo não! É pura má educação! E a tua resposta reflecte exactamente o que eu pensei quando li aquilo! E não me parece que te tenhas excedido: foste ofendido no teu próprio espaço, é normal que respondas "com as mesmas armas"!
Tinha a certeza que o caldo ia entornar, com este post, mas vamos lá manter o nível. Má educação fica com quem a pratica, e remeter a questão a uma simples divisão e divórcio entre Portugal e Brasil é mesmo dor de cotovelo. Eu vou continuar a gostar do Brasil, e a respeitar o seu povo. Os outros que façam como entenderem. Mas também não levo "desaforo para casa"!!!
estou a ver que houve que enfiasse a carapuça, capitão! :)
eu não daria mais explicações, é a sua página, faz o que quer dela e só visita quem quer!
até breve.
O teu texto é teu, mas também entendo que o Nordestino nele se sinta atacado.
Sabes o que penso do Brasil. Pena tenho que os brasileiros não me demonstrem o contrário quer aí, quer aqui por Portugal, onde cada vez mais e infelizmente me estão a dar razão.
Acabem com a discussão !
Passa para blogonovela/blogosérie que todo pessoal gosta !
Abraços de Portugal
Muito bom este post!Pareceu-me uma descrição sincera.Como é normal,não deixa de ser a TUA opinião,logo poderá haver quem concorde ou discorde.Qualquer estrangeiro, acaba por encontrar dificuldades de adaptação, quer seja um português no brasil ou um brasileiro em portugal.De qq forma,acho que foste de certa forma corajoso, em mostrar que nem tudo é maravilhoso por ai.Agora só tens é que contruir um forte, pois se continuas a escrever este tipo de posts, ainda te saltam em cima, lol!!
rodrigo, nestas alturas penso q, pelo menos, qd nasceste o aborto devia ter sido permitido. ATRASADO MENTAL!
Ainda assim, as razões que te fazem permanecer por aí, são tão fortes assim? Porquê ficar?
P.S. Desculpa a minha ingnorância, não realmente a razão...
Muito bom este post.
Quanto tempo nao passava por aqui caro amigo, e quanto tempo nao recebo sua visita também, snif!
Li seu texto todinho, concordei com algumas coisas, discordei de outras.
Mas é como freemind disse ´qquer estrangeiro, em qualquer país é SEMPRE estrangeiro`. Sinto isso na pele vivendo em Viena, na Áustria, e desejo que essa realidade que vc tem vivido agora, mude, e para melhor :)
O Rodrigo nem resposta merece, mas o sr. Mauro Bernardes Galvão deve ter esquecido que pelo seu nome deve descender de certeza de portugueses. Já é altura de portugueses e brasileiros se deixarem de gladiarem numa luta que não tem razão de ser. Falamos a mesma língua, descendemos, pelo menos a maior parte, de portugueses, porquê tanta zanga? Não será altura de dar as mãos e seguir em frente? Acho que sim.
Quanto ao texto do Capitão-Mor é a opinião dele, seja boa ou má, tem de se respeitar.
Nem os portugueses podem falar muito, porque somos um País de emigrantes há já muitos anos, e os brasileiros pelo seu lado estão agora a tentar a sua sorte fora do seu País, não há que recriminar seja o que for. Em todo o lado, ou seja, em todos os países há pessoas boas e pessoas más, porquê tanta discussão para quê? Nem uns nem outros ganham nada, pelo contrário, acendem-se fogos que já deviam estar apagados. Eu gosto desse País e continuarei a ir se puder. Tenho amigos brasileiros com quem convivi durante cinco anos e não tenho razão de queixa.
Agora emigrantes, sejam de que país forem, têm de se adaptar aos costumes e cultura locais e não o contrário.
Não é fácil a adaptação a outro país e eu respeito e muito a opinião do capitão-mor, ele só descreve o que sentiu e sente, mas não quer dizer que seja assim com outra pessoa. No entanto, é uma boa dica para quem quiser lá ir ficar com uma ideia daquela região.
Obrigado capitão
Beijão
Oh Brasil, país lindo construído de várias culturas, é dificil a adaptação de um imigrante, mas é necessário sabermos nos adaptar à realidade cultural de cada país. o Capitão tem o direito de expressar a sua opinião,e, isso deveria nos pôr a reflectir sobre o assunto, mas capitão da próxima não pega tão pesado. Não é facíl ouvirmos comentários reais do nosso país. um abraço Radija
Muito bom este post.
Por muito que as pessoas se esforcem um estangeiro, em qualquer país é sempre tratado como um intrusdo. Vejamos a questão dos portugueses em França, há muito que já lá estão, décadas atrás de décadas, ajudaram a França a ser o que é hoje e continuam a ser vistos como intrusos.
Bjs
Eu achei seu texto bárbaro.
Na verdade muitos brasileiros, sudestinos e sulistas também não entram em acordo com nortistas e nordestinos.
Não vejo esse texto como xenofóbico e sim realista.
Espero que em outros estados você seja bem recebido.
São Paulo é outro mundo, aliás diversas são as etnias e raças e na sua maioria sabem viver muito bem em um mesmo lugar.
Boa sorte português, quando vier à São Paulo e visitar o sul verá que será muito diferente.
Abraços.
Vim parar aqui através do blog da Mad, minha irmã, que também vive no nordeste brasileiro. E percebo, pelo teu texto e as queixas dela, como é diferente ser turista e ser residente num país como o Brasil, e ainda mais num lugar tão longe da capital. Apesar de tudo, a percentagem de comentadores brasileiros que concorda com o teu post é muito superior à que te insulta. O que é significativo... parace que puseste o dedo na ferida!
Coragem.
Melhores dias virão.
Ana
O nordeste é uma merda mesmo, por causa desse lixo o Brasil é mal visto. É até difícil de entender o que eles dizem, parece outra língua, HAHAHAHA!
Bah, vem para o sul, que tu não vais te arrepender, porque aqui somos EUROPEUS e com cultura EUROpÉIA!
Brasileiros que se sentem europeus e com cultura européia é dose. Somos um País de várias referências, apenas isso. E temos que ter orgulho disso.
Na questão nordeste, eu como “carioca”, tive a princípio má impressão da Bahia quando lá fui de férias. Entretanto, nada que dois dias de convivência, “baixada de bola” e entendimento não resolva. Assim como eu tenho fama de marrento – sem sê-lo – por ser carioca, os baianos têm fama de rudes com quem vem de fora.
Generalizar é o erro.
Já estive em Portugal tenho péssima impressão de muitas coisas e ótima impressão de outras, mas procuro me focar nas pessoas e no contato individual. Prefiro lembrar a simpatia da menina do aeroporto ao me dar uma informação e me ajudar de forma pontual a lamentar a falta de educação do senhor da imigração.
Estrangeiro vai ser sempre um estrangeiro, mas nada que não dê para ajeitar num futuro próximo e perto das pessoas que o acolheram de forma receptiva. Precisamos olhar para o lugar certo e seguir em frente. Só isso.
Abraços e boa sorte!
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