quarta-feira, 26 de março de 2008

Um Cantar Distante


Anda pela noite só
um capote errante, ai, ai
e uma sombra negra cai, em redor
do homem do cais
das ruas antigas vem
um cantar distante, ai, ai
e ninguém das casas sai, por temor
de uns passos no cais

Se eu cair ao mar, quem me salvará
que eu não tenho amigos, quem é que será,
ai ó solidao, que não andas só,
anda lá à vontade, mas de mim tem dó...

cantar, sempre cantou
jamais esteve ausente, ai ai
e uma vela branca vai, por amor
largar pela noite

Pedro Ayres Magalhães , A Sombra

2 comentários:

Evelyne Furtado. disse...

ai,ai, que bonito, Capitão!
Abraço

AnadoCastelo disse...

Não conhecia, mas é muito bonito.
Bjs